25 de Abril

O 25 de Abril é assim uma espécie de Jesus Cristo da esquerda.

Pegamos num acto bom libertador e tornamo-lo num mito capaz de tudo e de todos, o 25 de Abril tal como Jesus Cristo é um “homem nada mais que um homem” com defeitos e com qualidades, coisas que correram certo e errado. Para a esquerda não, o 25 de Abril foi o melhor de tudo, foi tão bom tão bom que todo o resto do tempo nada mais é que a sua sombra.

Quando as figuras recusam a vir para o presépio, é o fim do mundo e significa que a sombra do tempo já não é digna de ser vivida. Os donos da casa, quais vendilhões do templo, cuspiram na imagem sagrada do menino 25 de Abril. E o pensar Abril, a liberdade etc…são chavões que se proclamam com orgulho e altivez.  Longe de alguma vez se poder pensar que o 25 de Abril e tudo o que se passou após nos trouxeram aqui a este ponto, que foi o mesmo pensamento de Abril que desembocou no momento que hoje vivemos.

Não julguem que digo que o 25 de Abril foi mau, nada disso e muito pelo contrário, tenho a certeza que se vivesse em ditadura estaria presa, fosse esta de esquerda ou direita, não seria relevante para o facto. O 25 de Abril foi muito importante  e tem um lugar destacadíssimo na nossa história. Estarei eu e estaremos todos eternamente gratos aos homens que nos proporcionaram viver do modo como vivemos.

No entanto julgo que o pensar Abril cada vez é mais relevante no sentido que precisamos inverter o sentido da nossa história, perceber onde Abril correu mal, mudar as mentalidades, construir novamente um pais novo. 

E irrita-me esta esquerda que quer um novo 25 de Abril ( tal qual Cristo renascido e ressuscitado) , reviver o que já foi vivido, voltar tudo ao mesmo, ao final dos anos 70 princípios dos anos 80, eu cá vos digo: Deus me livre e guarde. Quero viver coisas novas, quero um país moderno e não um país bafiento a viver glórias passadas. 

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