” A experiência mostra que os grandes romances sobre o presente são quase sempre escritos no futuro; se fosse eu a mandar nisto, os escritores de hoje só escreviam sobre mujiques e naves espaciais, deixando as manchetes diárias no sitio onde elas devem estar, e deixando a actualidade aos escritores que saíram agora da escola primária”
Nem mais! A arte não está em falar sobre o que se vê e o que se sente no presente, qualquer aluno mais dotado do ensino secundário o conseguirá fazer de um modo bastante decente, difícil e apenas reservados a alguns, está a arte de escrever sobre o futuro com acerto, sabedoria e ensinamento ( que depois iremos deitar pela janela fora, porque a humanidade consegue sempre achar que as coisas são diferentes, mesmo quando o não são, imagino George Orwell a rir e a abanar a cabeça num grande ” I told you so”).
Pensar o futuro é mais do que um dote de adivinhação”, é necessário observação, conhecimento da humanidade e sua história e um óptimo entendimento do presente, nós estamos num autocarro em que poucos têm o “Know how” do condutor.
